Leo Gandelman

Leo Gandelman é um dos artistas mais expressivos da cultura brasileira nas últimas quatro décadas. A extensão e a importância de sua obra trouxeram uma significativa contribuição para a música instrumental, sem precedentes na nossa história.

Saxofonista, compositor, arranjador e produtor musical, é um dos principais responsáveis pela difusão do gênero instrumental para o grande público, colaborando, desde os anos 1990, para popularizar o jazz brasileiro e outros estilos, tanto no Brasil quanto no mundo.

A proeminência de seu legado o levou a receber, recentemente, o título de Doutor Honoris Causa (Notório Saber) pela Universidade de Brasília. Nascido no Rio de Janeiro, filho do maestro Henrique Gandelman e da pianista e professora Saloméa Gandelman, desde cedo Leo transitou entre o clássico e o popular, ultrapassando ambas as fronteiras, nas palavras do jornalista e crítico Luiz Paulo Sampaio.

Raros são os músicos que habitam o limiar de uma música sem limites. Entre os destaques de sua carreira estão suas participações como solista nas principais orquestras do Brasil e em algumas das mais importantes do mundo. O trabalho mais recente ocorreu este ano, com a Orquestra Amazonas Filarmônica, em Manaus, no Projeto “Canções da Floresta do Amazonas”. Idealizado por Gandelman, o concerto celebra a riqueza cultural e ecológica do Brasil, com obras que levam o público a uma viagem sensorial e poética pela maior floresta do mundo.

No ano passado, foi destaque junto à Orquestra Jazz Sinfônica, de São Paulo, tocando peças de sua autoria, como “Luz Azul”, “Neshama” e “Solar”. Também tocou por quatro vezes com a Orquestra Sinfônica de Moscou (entre 2012 a 2016), interpretando peças do cancioneiro da bossa nova como “A felicidade”, “Chega de Saudade” (ambas de Tom Jobim e Vinícius de Moraes), “Meditação” (Tom Jobim e Newton Mendonça), “Wave” (Tom Jobim) e “Manhã de Carnaval” (Antônio Maria e Luiz Bonfá).

Em 2019, apresentou-se com a aclamada Orquestra Filarmônica de Montevidéu, regida por Ligia Amadio. Foi também solista em concerto com a Orquestra Juvenil de Caracas, interpretando a “Fantasia”, de Villa-Lobos, sob regência de Isaac Karabtchevsky (2009).

No Brasil, apresentou com a Orquestra Sinfônica Brasileira (OSB) o “Concertino para Saxofone”, de Radamés Gnattali, e a “Fantasia”, de Villa-Lobos (2012 e 2005), sob regência de maestros como Roberto Duarte e Silvio Barbato. Interpretou as mesmas peças com a OSB em memoráveis concertos no Central Park Summerstage Concerts e no Lincoln Center, em Nova Iorque (2001), ao lado do maestro Yeruham Scharovsky.

Em homenagem ao centenário de Radamés Gnattali, em 2006, gravou em DVD seu “Concertino para Saxofone”, com a Petrobras Sinfônica Brasileira. Fez vários concertos com a Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo (Osesp), entre 2003 a 2017, alguns deles com regência de John Neschling. Nos últimos anos, apresentou-se com a Orquestra Filarmônica de Minas Gerais, Orquestra do Theatro Municipal de São Paulo, Orquestra do Theatro Municipal do Rio de Janeiro, Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional, Orquestra Sinfônica de Brasília, Orquestra Sinfônica da Bahia, Orquestra Sinfônica Cesgranrio, Orquestra Sinfônica de Barra Mansa, Orquestra de Sopros da UFRJ, Orquestra da Oficina de Música de Curitiba, entre várias outras.

Leo Gandelman está, sem dúvida, entre os mais premiados músicos brasileiros das últimas décadas. Um dos feitos raros e únicos do artista é ter vendido mais de 500 mil discos de música instrumental, sendo destaque o terceiro álbum, “Solar”, de 1990, com mais de 100 mil cópias e indicação para cinco categorias do Prêmio Sharp (disco, música, arranjo, instrumentista e produtor).

Já com o álbum “Radamés e o sax” (2007), ganhou o Prêmio Tim nas categorias de melhor disco instrumental e melhor produtor. Gravou um total de 21 discos e três DVDs. Foi eleito o melhor instrumentista do Brasil por 15 anos consecutivos, no Prêmio Diretas da Música, da Revista Programa do Jornal do Brasil, além de prêmios da Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA) como melhor instrumentista (1990) e melhor produtor (1991).

O talento do artista na sua interface com o audiovisual gerou prêmios importantes como a medalha de prata no New York Festivals TV & Films Awards, na categoria Performing Arts, em 2021, com a série “Vamos tocar”, exibida no canal Bis. Como compositor de trilha sonora, ganhou prêmios nos festivais de cinema de Recife e de Belém com o filme “Garrincha: a estrela Solitária” (2003). Vem atuando como roteirista, produtor e diretor de Séries para TV.

No YouTube, destaca-se como produtor e diretor do canal “Machines Series”, que mescla jazz com diferentes estilos musicais, como hip hop, pop e outros.

Shows são centenas, talvez milhares, os realizados por Leo Gandelman nas últimas décadas, em todos os principais festivais de música do Brasil e do mundo. É um dos destaques do line-up do Rock in Rio este ano, pela segunda vez, e se apresentou no mesmo festival em Lisboa e Las Vegas.

Figurou na cena musical de países como Estados Unidos, onde fez seis temporadas de casa cheia no Blue Note de Nova Iorque; Suíça, no inigualável Festival de Mountreux; Ucrânia, onde tocou com o reconhecido Quinteto de Saxofones de Kiev; além de Israel, Uruguai, Egito, Marrocos, Malásia, Cingapura, Irã, Kuwait, Inglaterra, Itália, Espanha, Rússia e vários outros.

Como produtor musical e instrumentista, participou de mais de 1.000 CDs, tanto de artistas brasileiros como internacionais. Gravou em naipe de sopros, fez solos, compôs arranjos e produziu grandes nomes do samba, MPB, bossa nova, música instrumental, rock e outros estilos. A lista é longa, e inclui nomes como Caetano Veloso, Gilberto Gil, Gal Costa, Milton Nascimento, Ney Matogrosso, Fagner, Elba Ramalho, Alceu Valença, Geraldo Azevedo, Fafá de Belém, Moraes Moreira, João Gilberto, Leny Andrade, Luiz Melodia, Djavan, Boca Livre, Toquinho, Os Cariocas, Margareth Menezes, Leila Pinheiro, Frejat, Fernanda Abreu, Seu Jorge, Carlos Brown, Roberta Sá, Pepeu Gomes, Baby Consuelo, Paulinho da Viola, Beth Carvalho, Neguinho da Beija Flor, Fundo de Quintal, Alcione, João Nogueira, Rita Lee, Lulu Santos, Guilherme Arantes, Roberto Carlos, Erasmo Carlos, Paralamas do Sucesso, Roupa Nova, entre outros.

A criatividade, a versatilidade, a ousadia e a inovação fazem de Leo Gandelman um músico que ultrapassou as fronteiras do “nicho” instrumental, tornando-o reconhecido do grande público, jovem e pop, e também dos fãs de MPB, associando, ainda, o seu nome à excelência e ao virtuosismo da música de concerto.

Leo Gandelman desempenha um papel vital na música brasileira como virtuoso do saxofone e como embaixador da música brasileira para o mundo, contribuindo para a evolução e a popularidade de gêneros como jazz e música instrumental popular e clássica no Brasil.

Résumé

Leo Gandelman é um dos artistas mais expressivos da cultura brasileira nas últimas quatro décadas. Saxofonista, compositor, arranjador e produtor musical, é um dos principais responsáveis pela difusão do gênero instrumental para o grande público, colaborando, desde os anos 1990. A proeminência de seu legado o levou a receber, recentemente, o título de Doutor Honoris Causa pela Universidade de Brasília. Entre os inúmeros destaques de sua carreira estão suas participações como solista nas principais orquestras do Brasil e em algumas das mais importantes do mundo. O trabalho mais recente ocorreu este ano, com a Orquestra Amazonas Filarmônica, em Manaus, no Projeto “Canções da Floresta do Amazonas”. No ano passado, apresentou-se junto à Orquestra Jazz Sinfônica, de São Paulo. Também tocou por quatro vezes com a Orquestra Sinfônica de Moscou (entre 2012 a 2016). Em 2019, apresentou-se com a aclamada Orquestra Filarmônica de Montevidéu. Foi também solista em concerto com a Orquestra Juvenil de Caracas. Subiu ao palco com a Orquestra Sinfônica Brasileira (OSB) em memoráveis concertos no Central Park Summerstage Concerts e no Lincoln Center, em Nova Iorque (2001). Em homenagem ao centenário de Radamés Gnattali, em 2006, gravou em DVD seu “Concertino para Saxofone”, com a Petrobras Sinfônica Brasileira. Nos últimos anos, apresentou-se com a Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo, Orquestra Filarmônica de Minas Gerais, Orquestra do Theatro Municipal de São Paulo, Orquestra do Theatro Municipal do Rio de Janeiro, Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional, Orquestra Sinfônica de Brasília, Orquestra Sinfônica da Bahia, Orquestra Sinfônica Cesgranrio, Orquestra Sinfônica de Barra Mansa, Orquestra de Sopros da UFRJ, Orquestra da Oficina de Música de Curitiba, entre várias outras. Um dos feitos raros do artista é ter vendido mais de 500 mil discos de música instrumental, sendo destaque o terceiro álbum, “Solar”, de 1990, com mais de 100 mil cópias e indicação para cinco categorias do Prêmio Sharp. Gravou um total de 21 discos e três DVDs. Foi eleito o melhor instrumentista do Brasil por 15 anos consecutivos, no Prêmio Diretas da Música, do Jornal do Brasil. O talento do artista na sua interface com o audiovisual gerou prêmios importantes como a medalha de prata no New York Festivals TV & Films Awards, na categoria Performing Arts, em 2021, com a série “Vamos tocar”, exibida no canal Bis. Figurou na cena musical de países como Estados Unidos, onde fez seis temporadas de casa cheia no Blue Note de Nova Iorque; Suíça, no inigualável Festival de Mountreux, além de Israel, Ucrânia, Uruguai, Egito, Marrocos, Malásia, Cingapura, Irã, Kuwait, Inglaterra, Itália, Espanha, Rússia e vários outros. É um dos destaques do line-up do Rock in Rio este ano, pela segunda vez, e se apresentou no mesmo festival em Lisboa e Las Vegas.